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O que é a Palavra de Vida ?

            É uma frase do evangelho comentada por Chiara Lubich onde procuramos viver no mundo todo esta Palavra que é feita em diversas línguas e de acordo com a idade. Temos a Palavra de Vida para crianças e adolescentes e outra para adultos.


          Vamos continuar a nos comprometer e  viver a “FRATERNIDADE  UNIVERSAL”para construímos um “MUNDO UNIDO”. 


             A Palavra de Vida usávamos numa aula todos mês e tentávamos colocar na nossa vida.

             

           O que é a Palavra de Vida ?

            É uma frase do evangelho comentada por Chiara Lubich onde procuramos viver no mundo todo esta Palavra que é feita em diversas línguas e de acordo com a idade. Temos a Palavra de Vida para crianças e adolescentes e outra para adultos.

          Vamos continuar a nos comprometer e  viver a “FRATERNIDADE  UNIVERSAL para construímos um “MUNDO UNIDO. ( Que experimentamos ali nas nossa aulas). Assim faremos do "mundo uma só família".

Deixo aqui a Palavra de Vida que levava uma vez, todos os meses para a sala de aula e continua a nos unir sempre! Hoje me encontrei no Salão do Dimas com Priscila Paula e com a mãe de Leidiane. Foi muito bom! E é uma grande alegria reencontrar-me com meus ex-alunos. Depois quero uma foto das duas para colocar neste Blog de foto apenas, porém poderia ser de mais trocas de experiência e comunicação. Eu mesma estou recomeçando hoje, pois nunca mais tinha postado algo.

              

 Se quiserem colocar algum recado é só entrar com o e-mail e a senha do gmail . O meu e-mail:

                          moreira.mcp@gmail.com

                                                             Grande abraço a cada um!


Foto: Conceição Pinheiro

«Segue-me!

                                   (Mt 9, 9)

Quando saía de Cafarnaum, Jesus viu um cobrador de impostos, chamado Mateus, sentado no posto de cobrança. Mateus estava a exercer um cargo que as pessoas consideravam odioso e que o identificava com os usurários e os exploradores, que enriqueciam à custa dos outros. Os escribas e os fariseus punham-no no mesmo plano dos pecadores públicos, a ponto de censurarem Jesus por ser «amigo de cobradores de impostos e pecadores» e por comer com eles .

Jesus, indo contra toda a convenção social, chamou Mateus a segui-Lo e aceitou jantar na sua casa, como faria mais tarde com Zaqueu, o chefe dos cobradores de impostos de Jericó. Ao pedirem-Lhe explicações sobre este comportamento, Jesus disse que Ele veio para curar os doentes, e não para os que têm saúde. Veio chamar, não os justos, mas os pecadores.

E o seu convite, desta vez, era dirigido precisamente a um deles: «Segue-me!».

Jesus já tinha dirigido esta Palavra a André, Pedro, Tiago e João, nas margens do lago. O mesmo convite, com outras palavras, dirigiu também a Paulo, no caminho de Damasco.

Mas Jesus não ficou por ali. Ao longo dos séculos continuou a chamar, para O seguirem, homens e mulheres de todos os povos e nações. E faz isso ainda hoje: passa na nossa vida, encontra-nos em lugares diferentes, de modos diferentes, e faz-nos sentir novamente o Seu convite a segui-Lo.

Chama-nos a estar com Ele, porque quer estabelecer conosco um relacionamento

pessoal, e, ao mesmo tempo, convida-nos a colaborar com Ele no grande projeto de uma humanidade nova.

Não se importa com as nossas fraquezas, os nossos pecados, as nossas misérias. Ele ama-nos e escolhe-nos tal como somos. É o Seu amor que nos irá transformar e dar a força para Lhe responder e a coragem para O seguir, como fez Mateus. E, para cada um, Ele tem um amor, um projeto de vida, um chamamento particular. Sentimos isso no coração, através de uma inspiração do Espírito Santo ou através de determinadas circunstâncias, de um conselho, de uma indicação de um amigo nosso… Embora manifestando-se nos modos mais variados, é a mesma Palavra que ressoa:

«Segue-me!».

Lembro-me quando, também eu, senti esse chamamento de Deus. Foi numa manhã frigidíssima de inverno, em Trento. A minha mãe pediu à minha irmã mais nova para ir buscar o leite, a dois quilómetros de casa. Mas estava muito frio e ela não foi. Também a minha outra irmã se recusou a ir. Então eu adiantei-me: «Vou eu, mãe», disse-lhe, e peguei na garrafa. Saí de casa e, a meio do caminho, aconteceu um facto um pouco especial: pareceu-me que o Céu se estava a abrir e que Deus me convidava

a segui-Lo. «Dá-te toda a Mim», ouvi no meu coração.

Era o chamamento explícito, a que desejei responder imediatamente. Falei disso ao meu confessor e ele permitiu que me desse a Deus para sempre. Era o dia 7 de dezembro de 1943. Jamais poderei descrever o que se passou dentro de mim, naquele dia: tinha desposado Deus. Podia esperar tudo Dele.

«Segue-me!».

Esta Palavra não se refere só ao momento determinante da decisão da nossa vida. Jesus continua a dirigi-la a nós, todos os dias. «Segue-me!», parece sugerir-nos perante os mais simples deveres quotidianos: «segue-me» naquela dificuldade a abraçar, naquela tentação a vencer, naquele trabalho a fazer…

Como responder-lhe concretamente?

Fazendo aquilo que Deus quer de nós no momento presente. O que traz consigo, sempre, uma graça particular. O que temos a fazer neste mês deve ser, portanto, entregarmo-nos à vontade de Deus com toda a decisão. Darmo-nos ao irmão e à irmã que devemos amar, ao trabalho, ao estudo, à oração, ao descanso, à atividade que devemos realizar. Temos que aprender a ouvir a voz de Deus no fundo do coração. Ele fala também através da voz da consciência. Esta diz-nos aquilo que Deus quer de nós em cada momento. Mas temos que estar prontos a sacrificar tudo o resto para o realizar.

«Faz com que Te amemos, ó Deus, cada dia um pouco mais. Mas, porque podem ser demasiado poucos os dias que nos restam, faz com que Te amemos, em cada momento presente, com todo o coração, toda a alma e todas as forças, naquela que é a Tua vontade».

Este é o melhor método para seguir Jesus.

                                             Chiara Lubich                                                       

   Do site do Movimennto dos Focolares        

Vela também:

Palavra de Vida - Jovens e adolescentes

Palavra de Vida em "power point"

Projeto Mundo Unido

Palavra na minha Vida

 


A fraternidade nasce quando sentimos que o outro é nosso irmão.

 

Estava fazendo caminhada e um Senhor estava abaixado, triste conversando com seus dois lindos cachorros. Parei e comecei a conversar com ele, um morador de rua. Sem tomar banho, sujo. Seu Valdir. Dizia ele:

 

“Deixo de comer às vezes para alimentá-los. Estes são os meus dois amigos”.

Após um bom diálogo estava com fome. Convidei-o a ir até a minha casa. Meu esposo estava em casa e fizemos um bom lanche. Ele dizia que nunca mais tinha comido feijão porque estava sem panela de pressão. Era uma pessoa de bem, um militar aposentado que caiu no vício da bebida. Confessou-nos a causa.

Depois voltei para caminhar… Ficou estampada a sua face e sorriso de felicidade com a panela na mão e com um gesto de pandemia, de grande abraço nos despedimos. Como diz Chiara Lubich:

“A fraternidade é sentir e ter o outro como irmão”.  “Afinal, somos todos filhos do mesmo Pai que faz mandar o sol e chuva para todos”.

                                                     Taguatinga, Maio de 20022

  Meditação

A oração é o momento em que tomo consciência viva de que existe um Deus que me ama. Do livro:

        O valor das pequenas coisas

                Roque Schneider


Igreja Nossa Senhora do Perpétuo Socorro - Paraná- RN



“Quem buscar sua vida a perderá, e quem perder sua vida por causa de mim a encontrará.” (MT 10,39).

Palavra de Vida – Junho de 2010



Quando lemos essa Palavra de Jesus, vêm em evidência dois estilos de vida: a vida terrena, que se constrói neste mundo, e a vida sobrenatural dada por Deus através de Jesus, vida que não se acaba com a morte e que ninguém nos poderá tirar.

        Assim, diante da existência podemos adotar duas atitudes: apegar-nos à vida terrena, considerando-a como único bem – e, nesse caso, seremos levados a pensar em nós mesmos, em nossas coisas, em nossos apegos; vamos nos fechar em nosso casulo, afirmando somente o próprio eu, e como conclusão, no final encontraremos inevitavelmente apenas a morte. Ou podemos ter uma atitude diferente: acreditando que recebemos de Deus uma existência muito mais profunda e autêntica, teremos a coragem de viver de modo a merecermos esse dom a ponto de sabermos sacrificar nossa vida terrena pela outra vida.

“Quem buscar sua vida a perderá, e quem perder sua vida por causa de mim a encontrará".

Quando Jesus pronunciou essas palavras, referia-se ao martírio. Para seguirmos o Mestre e permanecermos fiéis ao Evangelho, nós, como todo cristão, devemos estar prontos a perder a nossa vida, morrendo – se for necessário – até mesmo de morte violenta. E assim, com a graça de Deus, nos será doada a vida verdadeira. Jesus foi o primeiro a “perder a sua vida” e recebeu-a glorificada. Ele já nos preveniu que não temêssemos “aqueles que matam o corpo, mas são incapazes de matar a alma”. (MT 10,28) Hoje ele nos diz:

“Quem buscar sua vida a perderá, e quem perder sua vida por causa de mim a encontrará".

Se você ler atentamente o Evangelho, verá que Jesus retoma esse conceito seis vezes. Isso demonstra a importância dele para Jesus e quanto ele o considera. Mas, para Jesus, a exortação para perder a própria vida não é apenas um convite para enfrentarmos até mesmo o martírio. É uma lei fundamental da vida cristã. É preciso estarmos prontos a renunciar a fazer de nós mesmos o ideal da nossa vida, a renunciarmos à própria independência egoísta. Se quisermos ser verdadeiros cristãos, devemos fazer de Cristo o centro de nossa existência. E o que Cristo quer de cada um de nós? O amor pelos outros. Se assumirmos o programa dele como nosso, certamente teremos perdido a nós mesmos e teremos encontrado a vida. O fato de não viver para si mesmo não é, certamente, como se poderia imaginar, uma atitude de renúncia e de passividade. O empenho do cristão é sempre muito grande e o seu senso de responsabilidade é total.

“Quem buscar sua vida a perderá, e quem perder sua vida por causa de mim a encontrará".

Já nesta terra podemos fazer a experiência de que, no dom de nós mesmos, no amor vivido, cresce em nós a vida. Quando tivermos despendido o nosso dia a serviço dos outros, quando tivermos aprendido a transformar o trabalho cotidiano, talvez monótono e duro, em um gesto de amor, experimentaremos a alegria de nos sentirmos mais realizados.

“Quem buscar sua vida a perderá, e quem perder sua vida por causa de mim a encontrará’”.

Seguindo os mandamentos de Jesus, que estão todos centralizados no amor, encontraremos, depois desta breve existência, também a Vida Eterna.
Lembremos qual será o julgamento de Jesus no último dia. Ele dirá àqueles que estão à sua direita: “Vinde benditos… pois eu estava com fome e me destes de comer; eu era forasteiro e me recebestes em casa; estava nu e me vestistes…” (Mt 25, 34ss) Para que participemos da existência que não passa, Jesus olhará unicamente se amamos o próximo e vai considerar feito a si tudo o que tivermos feito ao próximo.

Como viveremos, então, esta Palavra? Como poderemos desde hoje perder a nossa vida para encontrá-la? Preparando-nos para o grande e decisivo exame para o qual nascemos. Olhemos ao nosso redor e preenchamos o nosso dia com atos de amor. Cristo se apresenta a nós na pessoa dos nossos filhos, da esposa, do marido, dos colegas de trabalho, de partido, de lazer, etc. Façamos o bem a todos. E não nos esqueçamos daqueles que passamos a conhecer diariamente por meio dos jornais, dos amigos ou da televisão… Façamos algo para todos, de acordo com as nossas possibilidades. E se acharmos que as nossas possibilidades se esgotaram, poderemos ainda rezar por eles. O que vale é o amor.

                                      Chiara Lubich

Esta Palavra de Vida foi publicada originalmente em Junho de 1999.·. 

                

Palavra de Vida deJaneiro

«Ide aprender o que significa: “Prefiro a misericórdia ao sacrifício”» (MT 9, 13).

 «… Prefiro a misericórdia ao sacrifício».

Talvez se lembrem de quando é que Jesus disse estas palavras.

Jesus estava sentado à mesa e alguns publicanos e pecadores vieram e sentaram-se com Ele. Vendo isso, os fariseus que ali estavam disseram aos discípulos de Jesus: “«Porque é que o vosso Mestre come com os publicanos e os pecadores?”». E Jesus, ouvindo essas palavras, respondeu:

«Ide aprender o que significa: “Prefiro a misericórdia ao sacrifício”»

Jesus cita aqui uma frase do profeta Oseias, demonstrando o seu apreço pelo conceito que ela contém. De facto, esta frase é a norma segundo a qual Ele próprio se comporta; exprime a primazia do amor sobre qualquer outro mandamento, sobre qualquer outra regra ou preceito.

É nisto que consiste o cristianismo: Jesus veio dizer que Deus quer de nós, no relacionamento com os outros – homens e mulheres –, antes de tudo, o amor. E esta vontade de Deus já tinha sido anunciada nas Escrituras, como revelam as palavras do profeta.

O amor é, para cada cristão, o programa da sua vida, a lei fundamental do seu agir, o critério do seu comportamento.

O amor deve prevalecer sobre todas as outras leis. Ou melhor, o amor aos outros deve ser, para o cristão, a base sólida a partir da qual poderá depois pôr em prática qualquer outra norma.

«… Prefiro a misericórdia ao sacrifício».

Jesus quer o amor, e a misericórdia é uma expressão do amor.

Ele quer que o cristão viva deste modo, antes de mais nada, porque Deus é assim.

Para Jesus, Deus é, sobretudo, o Misericordioso, o Pai que ama a todos, que faz nascer o Sol e faz chover sobre os bons e sobre os maus.

Jesus, porque ama a todos, não receia estar com os pecadores e, desta maneira, revela-nos quem é Deus.

Então, se Deus é assim, se Jesus é assim, também nós devemos nutrir sentimentos semelhantes.

«… Prefiro a misericórdia ao sacrifício».

“… ao sacrifício”.

Se não amarmos o irmão, Jesus não fica satisfeito com o nosso culto. Ele não aceita a nossa oração, a nossa participação na Eucaristia, as ofertas que fizermos, se tudo isso não for feito com um coração em paz com todos, cheio de amor para com todos.

Lembram-se daquelas Suas Palavras, tão incisivas, no Sermão da Montanha? «Se fores, portanto, apresentar uma oferta sobre o altar e ali te recordares de que o teu irmão tem alguma coisa contra ti, deixa lá a tua oferta diante do altar, e vai primeiro reconciliar-te com o teu irmão; depois, volta para apresentar a tua oferta» (Mt 5, 23-24).

Essas palavras mostram-nos que o culto que mais agrada a Deus é o amor ao próximo, que deve alicerçar até o culto prestado a Deus.

Se quiséssemos dar um presente ao nosso pai, mas estivéssemos zangados com o nosso irmão  o que diria o nosso pai? «Faz as pazes e depois vem oferecer-me o que quiseres».

Mas continuemos. O amor não é apenas a base da vida cristã. Ele é também o caminho mais direto para se estar em comunhão com Deus. São os santos que o dizem. Eles que são testemunhas do Evangelho e que nos precederam. Experimentam-no os cristãos que vivem a sua fé. Sempre que eles ajudam os irmãos, sobretudo os mais necessitados, cresce neles a devoção e sentem uma maior união com Deus. Existe um vínculo entre eles e o Senhor, e essa é a maior alegria na vida dos cristãos.

«… Prefiro a misericórdia ao sacrifício».

Como viver, então, esta nova Palavra de Vida?

Não fazendo discriminações entre as pessoas com quem constatamos, não marginalizando ninguém, mas oferecendo a todos aquilo que podemos dar, imitando Deus Pai. Reparemos pequenas ou grandes desavenças que desagradam ao Céu e amarguram a nossa vida. Não deixemos que o Sol se ponha – como diz a Escritura (cf. Ef 4, 26) – sobre a nossa ira para com quem quer que seja.

Se for esta a nossa atitude, tudo o que fizermos será agradável a Deus e permanecerá por toda a eternidade. Quando trabalhamos ou quando descansamos, quer brinquemos ou estudemos, quer estejamos com os filhos ou acompanhemos a esposa ou o marido a dar uma volta, quer rezemos ou façamos algum sacrifício, ou realizemos as práticas de piedade que a nossa vocação cristã nos pede, tudo, tudo, tudo pode ser matéria-prima para o Reino dos Céus.

O Paraíso é uma casa que se constrói nesta vida e se habita na outra. E constrói-se com o amor.

                                                                       Extraída do site do Movimento dos Focolares.

                                                                   http://focolares.org.pt/palavra/texto/939-janeiro-2013

Palavra de Vida em Power point:

http://vimeo.com/41531669

Ob.:

Mando também o site da Fazenda Esperança para quem está fazendo uso de drogas e quer se recuperar:

www.fazenda.org.br/palavra-vida/palavra-vida.php

                                        Movimento dos Focola

"Diante do ódio um gesto de amor é capaz de deter a mão de um terrorista." (Chiara Lubich)

É com grande comoção que acompanhamos diariamente tantas notícias de conflitos, guerras, desastres naturais a nível mundial. Em especial nos últimos dias, seja pelo desastre do rompimento das barragens na nossa vizinha Mariana-MG ou pelos atentados ocorridos em Paris. Todas essas situações nos interpelam a algumas perguntas: "onde nós estamos no meio de tudo isso?"; "o que podemos fazer diante dessas catástrofes?".
De modo bem prático, tantas instituições/ONG/paróquias/movimentos/Cruz Vemelha estão recolhendo alimentos, roupas, mas sobretudo água mineral para os desabrigados pelo desastre ocorrido nas cidades (tantas em estado de calamidade pública) de Minas Gerais. Impulsionamos todos a procurarem nas suas cidades um modo de colaborar por essa situação.

Mais um vez, buscando ter o coração e a mente livres de julgamento imediatos, sem nos deixarmos levar pelo raciocínio dicotômico (bem x mal; ocidente x oriente; políticos x população) queremos também nós, os Jovens por um Mundo Unido, responder a essas perguntas.
Em 28 de Dezembro de 2012, Maria Você (Presidente do Movimento dos Focolares ) disse: "diante destas guerras absurdas, apenas Deus pode responder à necessidade de paz que existe na humanidade. É preciso uma oração forte, potente”, “com uma fé renovada que Deus pode fazê-lo, e se for pedida em unidade, Deus vem ao nosso encontro”. Ela lembrava o pedido de Chiara Lubich (fundadora do Movimento dos Focolares), no longínquo 1991, durante a guerra do Golfo, pela oração do TIME-OUT. Se na prática esportiva o termo é utilizado para uma pausa temporária no jogo, para nós é utilizado para "responder à necessidade de paz da humanidade. Todos os dias às 12h, um momento de oração para pedir a paz."
Retomemos a prática do TIME-OUT portanto, com os jovens como protagonistas. “Jesus é o Príncipe da Paz”, conclui Maria Voce, pedindo o dom da paz à humanidade “daquela paz justa, que permita a todos, de qualquer fé, condição, país, viver serenamente; que partilhe este dom da Paz com todos os homens”.
       

Oração do TIME -OUT

Agende seu celular para despertar todo dia meio dia para fazer uma oração planetária pela paz.

Oração do TIME -OUT

"Eterno pai, unidos em nome de Jesus, te pedimos a paz para o mundo, para que não existam mais guerras e conflitos em nenhuma parte da terra. Que inspirados pelos teus ensinamentos possamos ser, em primeira pessoa, construtores daquela paz justa, sem distinção de fé nem de nacionalidade. Pedimos também que se resolvam os problemas dos países que sofrem pelas graves situações econômicas, políticas e sociais; enfim, pedimos que o mundo unido se torne uma realidade. Amém"

 TIME-OUT
                         

Os Jovens por um Mundo Unido






Foto e montagem: José Santana
                   Movimento dos Focolares
 
"Diante do ódio um gesto de amor é capaz de deter a mão de um terrorista." (Chiara Lubich)
 
          É com grande comoção que acompanhamos diariamente tantas notícias de conflitos, guerras, desastres natural a nível mundial. Em especial nos últimos dias, seja pelo desastre do rompimento das barragens na nossa vizinha Mariana -MG ou pelos atentados ocorridos em Paris. Todas essas situações nos interpelam a algumas perguntas: "onde nós estamos no meio de tudo isso?”.
 O que podemos fazer diante dessas catástrofes?  De modo bem prático, tantas instituições/ONG/paróquias/movimentos/Cruz Vermelha estão recolhendo alimentos, roupas, mas, sobretudo água mineral para os desabrigados, pelo desastre ocorrido nas cidades (tantas em estado de calamidade pública) de Minas Gerais. Impulsionamos todos a procurarem nas suas cidades um modo de colaborar por essa situação.
Mais uma vez, buscando ter o coração e a mente livre de julgamento imediato, sem nos deixarmos levar pelo raciocínio dicotômico (bem x mal; ocidente x oriente; políticos x população) queremos também nós, os Jovens por um Mundo Unido, responder a essas perguntas.
Em 28 de Dezembro de 2012, Maria Você (Presidente do Movimento dos Focolares ) disse: "diante destas guerras absurdas, apenas Deus pode responder à necessidade de paz que existe na humanidade. É preciso uma oração forte, potente”, “com uma fé renovada que Deus pode fazê-lo, e se for pedida em unidade, Deus vem ao nosso encontro”. Ela lembrava o pedido de Chiara Lubich (fundadora do Movimento dos Focolares), no longínquo 1991, durante a guerra do Golfo, pela oração do TIME-OUT. Se na prática esportiva o termo é utilizado para uma pausa temporária no jogo, para nós é utilizado para "responder à necessidade de paz da humanidade. Todos os dias às 12h, um momento de oração para pedir a paz”.
Retomemos a prática do TIME-OUT, portanto, com os jovens como protagonistas. “Jesus é o Príncipe da Paz”, conclui Maria Voce, pedindo o dom da paz à humanidade “daquela paz justa, que permita a todos, de qualquer fé, condição, país, viver serenamente; que partilhe este dom da Paz com todos os homens”.
      
Oração do TIME -OUT
 
Agende seu celular para despertar todo dia meio dia para fazer uma oração planetária pela paz.
 
Oração do TIME - OUT
 
"Eterno pai, unidos em nome de Jesus, te pedimos a paz para o mundo, para que não existam mais guerras e conflitos em nenhuma parte da terra. Que inspirados pelos teus ensinamentos, possamos ser, em primeira pessoa, construtores daquela paz justa, sem distinção de fé nem de nacionalidade. Pedimos também que se resolvam os problemas dos países que sofrem pelas graves situações econômicas, políticas e sociais; enfim, pedimos que o mundo unido se torne uma realidade. Amém"
Novena PERPÈTUA de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro em Paraná- RN. 
Foto: Conceição Pinheiro
   Extraída do site Movimento dos Focolares.
«Segue-me!
                                   (Mt 9, 9)
Quando saía de Cafarnaum, Jesus viu um cobrador de impostos, chamado Mateus, sentado no posto de cobrança. Mateus estava a exercer um cargo que as pessoas consideravam odioso e que o identificava com os usurários e os exploradores, que enriqueciam à custa dos outros. Os escribas e os fariseus punham-no no mesmo plano dos pecadores públicos, a ponto de censurarem Jesus por ser «amigo de cobradores de impostos e pecadores» e por comer com eles .
Jesus, indo contra toda a convenção social, chamou Mateus a segui-Lo e aceitou jantar na sua casa, como faria mais tarde com Zaqueu, o chefe dos cobradores de impostos de Jericó. Ao pedirem-Lhe explicações sobre este comportamento, Jesus disse que Ele veio para curar os doentes, e não para os que têm saúde. Veio chamar, não os justos, mas os pecadores.
E o seu convite, desta vez, era dirigido precisamente a um deles: «Segue-me!».
Jesus já tinha dirigido esta Palavra a André, Pedro, Tiago e João, nas margens do lago. O mesmo convite, com outras palavras, dirigiu também a Paulo, no caminho de Damasco.
Mas Jesus não ficou por ali. Ao longo dos séculos continuou a chamar, para O seguirem, homens e mulheres de todos os povos e nações. E faz isso ainda hoje: passa na nossa vida, encontra-nos em lugares diferentes, de modos diferentes, e faz-nos sentir novamente o Seu convite a segui-Lo.
Chama-nos a estar com Ele, porque quer estabelecer conosco um relacionamento
pessoal, e, ao mesmo tempo, convida-nos a colaborar com Ele no grande projeto de uma humanidade nova.
Não se importa com as nossas fraquezas, os nossos pecados, as nossas misérias. Ele ama-nos e escolhe-nos tal como somos. É o Seu amor que nos irá transformar e dar a força para Lhe responder e a coragem para O seguir, como fez Mateus. E, para cada um, Ele tem um amor, um projeto de vida, um chamamento particular. Sentimos isso no coração, através de uma inspiração do Espírito Santo ou através de determinadas circunstâncias, de um conselho, de uma indicação de um amigo nosso… Embora manifestando-se nos modos mais variados, é a mesma Palavra que ressoa:
«Segue-me!».
Lembro-me quando, também eu, senti esse chamamento de Deus. Foi numa manhã frigidíssima de inverno, em Trento. A minha mãe pediu à minha irmã mais nova para ir buscar o leite, a dois quilómetros de casa. Mas estava muito frio e ela não foi. Também a minha outra irmã se recusou a ir. Então eu adiantei-me: «Vou eu, mãe», disse-lhe, e peguei na garrafa. Saí de casa e, a meio do caminho, aconteceu um facto um pouco especial: pareceu-me que o Céu se estava a abrir e que Deus me convidava
a segui-Lo. «Dá-te toda a Mim», ouvi no meu coração.
Era o chamamento explícito, a que desejei responder imediatamente. Falei disso ao meu confessor e ele permitiu que me desse a Deus para sempre. Era o dia 7 de dezembro de 1943. Jamais poderei descrever o que se passou dentro de mim, naquele dia: tinha desposado Deus. Podia esperar tudo Dele.
«Segue-me!».
Esta Palavra não se refere só ao momento determinante da decisão da nossa vida. Jesus continua a dirigi-la a nós, todos os dias. «Segue-me!», parece sugerir-nos perante os mais simples deveres quotidianos: «segue-me» naquela dificuldade a abraçar, naquela tentação a vencer, naquele trabalho a fazer…
Como responder-lhe concretamente?
Fazendo aquilo que Deus quer de nós no momento presente. O que traz consigo, sempre, uma graça particular. O que temos a fazer neste mês deve ser, portanto, entregarmo-nos à vontade de Deus com toda a decisão. Darmo-nos ao irmão e à irmã que devemos amar, ao trabalho, ao estudo, à oração, ao descanso, à atividade que devemos realizar. Temos que aprender a ouvir a voz de Deus no fundo do coração. Ele fala também através da voz da consciência. Esta diz-nos aquilo que Deus quer de nós em cada momento. Mas temos que estar prontos a sacrificar tudo o resto para o realizar.
«Faz com que Te amemos, ó Deus, cada dia um pouco mais. Mas, porque podem ser demasiado poucos os dias que nos restam, faz com que Te amemos, em cada momento presente, com todo o coração, toda a alma e todas as forças, naquela que é a Tua vontade».
Este é o melhor método para seguir Jesus.
                                             Chiara Lubich
Veja também:
Palavra de Vida - Jovens e adolescentes
Projeto Mundo Unido
 Palavra de Vida
Extraída do site do Movimento dos Focolares.
«Toda a Lei se cumpre plenamente nesta única palavra: “Ama o teu próximo como a ti mesmo”» (Gl 5, 14) (2).

                                                                 
 
Chiara Lubich
CENTRETO - SÃO PAULO
Do site do Movimennto dos Focolares




“Quem buscar sua vida a perderá, e quem perder sua vida por causa de mim a encontrará.” (MT 10,39).
Palavra de Vida – Junho de 2010
Novena PERPÉTUA de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro em Paraná- RN. 
Venha louvar e obter graças infinitas...
Momento de oração, louvor e tradição.

Não perca toda semana para toda  população da cidade e município de Paraná -RN!
  
 NOVENA PERPÉTUA DE NOSSA SENHORA DO PERPÉTUO SOCORRO que foi iniciada deste a fundação desta igreja com Maroquinha Pinheiro e um bom grupo, Lucília, Nininha, Felina, Darci, Mundica, Tia Júlia, Maria Raimunda, Nilza , Maria de Pedro Pamplona, Antônio de Terto, Natilde, Sinhá, Belinha, Mocinha, Ester, Nanuca, Maria de Nanuca (Até hoje), Duquinha, Graça e Lourença, Maria de Serafim, Chiquinha Aninha, Conceição e Clementino ( Aquele que era eletricista),  Maria Clementino, Ires, Delídia, Bonifácio Martins e sua esposa, a esposa de Chico André que vinha do Sítio e tantas outras que deixei de citar...
         Muitos vinham da Caiçara também para a Novena. Onde era um ponto semanal de encontro da comunidade. Crianças, jovens e adultos. 
         Lembro-me que íamos colher flores todo dia da novena e o altar era preparado por nós crianças. Como são lindas estas lembranças... Era o maior barato também bater o sino, fazer as três chamadas para todos virem. 
     Depois das novenas era comum um ou outro contar as graças recebidas e mesmo crianças ficávamos ali a escutar tudo... Tantas graças a Mãe de Jesus, a mãe do Perpétuo Socorro derrama... Ela espera os seus filhos sempre.

                                                       ****


E receber suas graças!

Venha louvar e obter graças infinitas...


                                                                      


É uma palavra de Paulo, o Apóstolo: concisa, extraordinária, lapidar, clarificadora.
Revela-nos o que deve estar na base do comportamento cristão, aquilo que o deve inspirar sempre: o amor ao próximo.
O apóstolo vê na atuação deste mandamento o pleno cumprimento da Lei. De facto, ela diz para não cometer adultério, não matar, não roubar, não desejar... E sabe-se que, quem ama, não faz nada disto: quem ama não mata, não rouba...

«Toda a Lei se cumpre plenamente nesta única palavra: “Ama o teu próximo como a ti mesmo”».

Mas quem ama não evita unicamente o mal. Quem ama abre-se aos outros, quer o bem, realiza-o, doa-se: chega a dar a vida por aquele que ama.
Por isso, Paulo escreve que, no amor ao próximo, não só se observa a Lei, mas tem-se a “plenitude” da Lei.

«Toda a Lei se cumpre plenamente nesta única palavra: “Ama o teu próximo como a ti mesmo”».

Se toda a Lei está no amor ao próximo, é preciso ver os outros mandamentos como meios que nos iluminam e nos guiam para sabermos encontrar, nas intrincadas situações da vida, o caminho para amar os outros. É preciso saber ler nos outros mandamentos a intenção de Deus, a sua vontade.
Ele quer que sejamos obedientes, puros, mortificados, mansos, misericordiosos, pobres... para melhor realizarmos o mandamento da caridade.

«Toda a Lei se cumpre plenamente nesta única palavra: “Ama o teu próximo como a ti mesmo”».

Poderíamos interrogar-nos: como pode o Apóstolo abster-se de falar do amor a Deus?
O facto é que o amor a Deus e ao próximo não está em concorrência. Um deles — o amor ao próximo - é, aliás, expressão do outro, do amor a Deus. Na verdade, amar a Deus significa fazer a sua vontade. E a sua vontade é que amemos o próximo.


«Toda a Lei se cumpre plenamente nesta única palavra: “Ama o teu próximo como a ti mesmo”».

Como pôr em prática esta Palavra?
É claro: amando o próximo. Amando-o verdadeiramente. Isto significa: doação, mas doação desinteressada, a ele.
Não ama quem instrumentaliza o próximo para os seus próprios fins, até para os mais espirituais, como poderia ser a sua santificação. É preciso amar o próximo, e não a nós mesmos.
Não há dúvida, contudo, que quem ama assim far-se-á realmente santo. Será “perfeito como o Pai”, porque cumpriu o que de melhor podia fazer: centrou a vontade de Deus, pô-la em prática. Cumpriu plenamente a Lei.
Não é verdade que vamos ser examinados, no fim da vida, unicamente sobre este amor?
Chiara Lubich
Palavra de Vida publicada em Città Nuova, 1983/10, p. 40
                                     Seminário no Vaticano por uma economia «inclusiva»

As máximas autoridades da economia mundial reunidas com o Papa. Tema central: a urgência de não reduzir o ser humano a “objeto descartável”. O trabalho de articulação da Economia de Comunhão.

Um diálogo aberto entre economistas “alternativos”, mundo financeiro e sociedades transnacionais. Entre os presentes, o Nobel da Paz, Yunus (“o banqueiro dos pobres”), o secretário geral da Cáritas Internacional, Michel Roy, e Juan Grabois (argentino, fundador do movimento dos excluídos do trabalho), e ainda, o secretário geral da OCSE (Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico, na sigla em italiano), José Ángel Gurría, e os máximos representantes do Fundo Monetário Internacional, do Banco Mundial, do grupo financeiroGoldman Sachs, e de empresas multinacionais como Ferrero e Nestlé. Presentes também os economistas Stefano Zamagni, Leonardo Becchetti e Luigino Bruni (coordenador do projeto Economia de Comunhão), entre os apoiadores do evento.
A proposta do encontro – «Bem comum global. Por uma economia cada vez mais inclusiva» –  nascera logo após o lançamento da Evangelii Gaudium, tão atenta aos temas sociais, em especial nos pontos onde estigmatiza a economia global como uma economia da exclusão. Na linha destas reflexões reuniram-se no Vaticano, dias 11 e 12 de julho, os 50 especialistas, sob o auspício do Conselho Pontifício Justiça e Paz, para aprofundar o diálogo que levou à assinatura de um documento por uma economia que coloque o homem ao centro, assinado por todos os participantes, com o título: «Para além da globalização da indiferença, por uma economia mais inclusiva».
Nele salienta-se a importância de que o mercado retorne à sua vocação inclusiva e de criação de trabalho e riqueza. Convidam-se os responsáveis das instituições a uma ação mais decidida contra os paraísos fiscais; de salvaguarda da biodiversidade nas formas econômicas e financeiras, hoje ameaçada por um pensamento único, que anula as especificidades locais e territoriais, para dar espaço a novas instituições financeiras que garantam a inclusão dos mais pobres; de reimplantar a teoria econômica sobre hipóteses antropológicas mais humanas e realistas; de combater a discriminação da mulher, o tráfico de seres humanos, a criminalidade internacional, a corrupção e a reciclagem de dinheiro.
O evento chamou a atenção do conhecido periódico de economia “Wall Street Journal”, que em um artigo sublinha como “o debate interessa não só a Igreja. Os católicos constituem 17% da população mundial e uma grande parte na América Latina e em vastas regiões da Europa. Por isso, os ensinamentos da Igreja no campo econômico podem influenciar a finança em nível mundial”.
«Refletir sem medo, refletir com inteligência», foi o convite do Papa Francisco aos participantes. E dirigiu a atenção ao cerne do problema que a crise colocou em evidência: «o reducionismo antropológico». O homem que perde a sua humanidade «torna-se um instrumento do sistema, sistema social, econômico, sistema onde predominam os desequilíbrios», e conduzem à «atitude do “descartável”: descarta-se o que não serve, porque o homem não está no centro». «Muitas coisas tocaram-me no Papa Francisco – comenta Luigino Bruni – Antes de tudo a sua escuta, como se estivesse ali inteiramente para nós, esquecido até de comer. E depois, a sua gratidão, a palavra que mais repetiu foi “obrigado”. “No mundo hoje não existem pessoas mais competentes que o Papa”, disse-me Carney, diretor do Banco da Inglaterra, sentado ao meu lado. É verdade. E nesta“Davos dos pobres” o Papa ensinou-nos a escolher o ponto de observação sobre o mundo. Ele escolheu o lugar de Lázaro, que está embaixo da mesa, com os cachorrinhos, e de lá olha para cima, vê o homem rico em cima, mas vê também o céu. O seu convite é de que olhemos o mundo, e o céu, junto aos Lázaros de hoje. No final eu propus que esta “Davos dos pobres” torne-se bienal, um convite que tem boas probabilidades de ser atendido».                    



E receber suas graças!


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O Natal está chegando... Que tal começarmos a preparação de uma Ave de Natal ou qualquer mural significativo, com gestos de amor a Jesus no irmão, como preparação para a celebração desta noite?


          Que todos neste Natal percebam e descubram a presença de Jesus visível entre todos nas festividades natalinas. Começando da preparação, através do amor dirigido a cada pessoa sem julgamentos e vendo cada pessoa como se fosse nova: sem defeitos. Ai Jesus menino de fato entrará na casa de cada um e estabelecerá Sua morada no coração de todos... Nascerá  uma "ALEGRIA" diferente que jorra do coração de quem ama sempre.
       Em nossa casa fizemos a opção de não comprarmos presentes. Faremos uma "AMIGO OCULTO DESAPEGO" NA NOITE DE NATAL". Cada um vai levar algo seu que resolveu desapegar-se como presente para o amigo,  a fim de ajudarmos a realizarmos a reforma do teto de uma casa de uma pessoa querida. Assim podemos também amar concretamente a Jesus nesta pessoa.
        E você já pensou numa ação concreta? 
    
                 
         Feliz Natal e Ano Novo a toda população da cidade de Paraná-RN e municípios!

"O Exercício da Cidadania, se dá pela preocupação e participação dos pares na Sociedade. A ausência dessa participação cidadã, enfraquece os movimentos sociais locais, a Democracia, a Liberdade e o Direito de termos uma Vida Melhor". Davi Silva Fagundes

*Evite desperdício. Economize papel e tinta - só imprima se for extremamente necessário - se cada um fizer a sua parte, o nosso planeta será melhor

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Quando lemos essa Palavra de Jesus, vêm em evidência dois estilos de vida: a vida terrena, que se constrói neste mundo, e a vida sobrenatural dada por Deus através de Jesus, vida que não se acaba com a morte e que ninguém nos poderá tirar.

        Assim, diante da existência podemos adotar duas atitudes: apegar-nos à vida terrena, considerando-a como único bem – e, nesse caso, seremos levados a pensar em nós mesmos, em nossas coisas, em nossos apegos; vamos nos fechar em nosso casulo, afirmando somente o próprio eu, e como conclusão, no final encontraremos inevitavelmente apenas a morte. Ou podemos ter uma atitude diferente: acreditando que recebemos de Deus uma existência muito mais profunda e autêntica, teremos a coragem de viver de modo a merecermos esse dom a ponto de sabermos sacrificar nossa vida terrena pela outra vida.

“Quem buscar sua vida a perderá, e quem perder sua vida por causa de mim a encontrará".

Quando Jesus pronunciou essas palavras, referia-se ao martírio. Para seguirmos o Mestre e permanecermos fiéis ao Evangelho, nós, como todo cristão, devemos estar prontos a perder a nossa vida, morrendo – se for necessário – até mesmo de morte violenta. E assim, com a graça de Deus, nos será doada a vida verdadeira. Jesus foi o primeiro a “perder a sua vida” e recebeu-a glorificada. Ele já nos preveniu que não temêssemos “aqueles que matam o corpo, mas são incapazes de matar a alma”. (MT 10,28) Hoje ele nos diz:

“Quem buscar sua vida a perderá, e quem perder sua vida por causa de mim a encontrará".

Se você ler atentamente o Evangelho, verá que Jesus retoma esse conceito seis vezes. Isso demonstra a importância dele para Jesus e quanto ele o considera. Mas, para Jesus, a exortação para perder a própria vida não é apenas um convite para enfrentarmos até mesmo o martírio. É uma lei fundamental da vida cristã. É preciso estarmos prontos a renunciar a fazer de nós mesmos o ideal da nossa vida, a renunciarmos à própria independência egoísta. Se quisermos ser verdadeiros cristãos, devemos fazer de Cristo o centro de nossa existência. E o que Cristo quer de cada um de nós? O amor pelos outros. Se assumirmos o programa dele como nosso, certamente teremos perdido a nós mesmos e teremos encontrado a vida. O fato de não viver para si mesmo não é, certamente, como se poderia imaginar, uma atitude de renúncia e de passividade. O empenho do cristão é sempre muito grande e o seu senso de responsabilidade é total.

    “Quem buscar sua vida a perderá, e quem perder sua vida por causa de mim a encontrará".

Já nesta terra podemos fazer a experiência de que, no dom de nós mesmos, no amor vivido, cresce em nós a vida. Quando tivermos despendido o nosso dia a serviço dos outros, quando tivermos aprendido a transformar o trabalho cotidiano, talvez monótono e duro, em um gesto de amor, experimentaremos a alegria de nos sentirmos mais realizados.

    “Quem buscar sua vida a perderá, e quem perder sua vida por causa de mim a encontrará’”.

    Seguindo os mandamentos de Jesus, que estão todos centralizados no amor, encontraremos, depois desta breve existência, também a Vida Eterna.
Lembremos qual será o julgamento de Jesus no último dia. Ele dirá àqueles que estão à sua direita: “Vinde benditos… pois eu estava com fome e me destes de comer; eu era forasteiro e me recebestes em casa; estava nu e me vestistes…” (Mt 25, 34ss) Para que participemos da existência que não passa, Jesus olhará unicamente se amamos o próximo e vai considerar feito a si tudo o que tivermos feito ao próximo.

    Como viveremos, então, esta Palavra? Como poderemos desde hoje perder a nossa vida para encontrá-la? Preparando-nos para o grande e decisivo exame para o qual nascemos. Olhemos ao nosso redor e preenchamos o nosso dia com atos de amor. Cristo se apresenta a nós na pessoa dos nossos filhos, da esposa, do marido, dos colegas de trabalho, de partido, de lazer, etc. Façamos o bem a todos. E não nos esqueçamos daqueles que passamos a conhecer diariamente por meio dos jornais, dos amigos ou da televisão… Façamos algo para todos, de acordo com as nossas possibilidades. E se acharmos que as nossas possibilidades se esgotaram, poderemos ainda rezar por eles. O que vale é o amor.

                                      Chiara Lubich

Esta Palavra de Vida foi publicada originalmente em junho de 1999.·. 



 Quem são os Mariapolitas? 

São as pessoas que participara da Mariópolis Congresso anual do Movimento dos Focolares.

Notícias do Centro do Movimento dos Focolares sobre a partida de Mariapolitas pelo mundo.




O amor conjugal não crescerá , se não for declarado. Não basta exprimir o amor com mil atenções práticas. È preciso, repeti-lo muitas vezes:
<>, num contínuo, variado e franco entendimento.

Do Livro:
Dois: ele e ela a caminho.
Spartaco Lucarini
Editora Cidade Nova

MENSAGEM DE SUA SANTIDADE
BENTO XVI


PARA A CELEBRAÇÃO DO DIA MUNDIAL DA PAZ
1º DE JANEIRO DE 2009
COMBATER A POBREZA, CONSTRUIR A PAZ


1. Desejo, também no início deste novo ano, fazer chegar os meus votos de paz a todos e, com esta minha Mensagem, convidá-los a refletir sobre o tema: Combater a pobreza, construir a paz. Já o meu venerado antecessor João Paulo II, na Mensagem para o Dia Mundial da Paz de 1993, sublinhara as repercussões negativas que acaba por ter sobre a paz a situação de pobreza em que versam populações inteiras. De facto, a pobreza encontra-se frequentemente entre os fatores que favorecem ou agravam os conflitos, mesmo os conflitos armados. Estes últimos, por sua vez, alimentam trágicas situações de pobreza. « Vai-se afirmando (...), com uma gravidade sempre maior – escrevia João Paulo II –, outra séria ameaça à paz: muitas pessoas, mais ainda, populações inteiras vivem hoje em condições de extrema pobreza. A disparidade entre ricos e pobres tornou-se mais evidente, mesmo nas nações economicamente mais desenvolvidas. Trata-se de um problema que se impõe à consciência da humanidade, visto que as condições em que se encontra um grande número de pessoas são tais que ofendem a sua dignidade natural e, consequentemente, comprometem o autêntico e harmónico progresso da comunidade mundial ».(1)
2. Neste contexto, combater a pobreza implica uma análise atenta do fenómeno complexo que é a globalização. Tal análise é já importante do ponto de vista metodológico, porque convida a pôr em prática o fruto das pesquisas realizadas pelos economistas e sociólogos sobre tantos aspectos da pobreza. Mas a evocação da globalização deveria revestir também um significado espiritual e moral, solicitando a olhar os pobres bem cientes da perspectiva que todos somos participantes de um único projeto divino: chamados a constituir uma única família, na qual todos – indivíduos, povos e nações – regulem o seu comportamento segundo os princípios de fraternidade e responsabilidade.
Em tal perspectiva, é preciso ter uma visão ampla e articulada da pobreza. Se esta fosse apenas material, para iluminar as suas principais características, seriam suficientes as ciências sociais que nos ajudam a medir os fenómenos baseados sobretudo em dados de tipo quantitativo. Sabemos porém que existem pobrezas imateriais, isto é, que não são consequência direta e automática de carências materiais. Por exemplo, nas sociedades ricas e avançadas, existem fenómenos de marginalização, pobreza relacional, moral e espiritual: trata-se de pessoas desorientadas interiormente, que, apesar do bem-estar económico, vivem diversas formas de transtorno. Penso, por um lado, no chamado « subdesenvolvimento moral » (2) e, por outro, nas consequências negativas do « super desenvolvimento ».(3) Não esqueço também que muitas vezes, nas sociedades chamadas « pobres », o crescimento económico é entravado por impedimentos culturais, que não permitem uma conveniente utilização dos recursos. Seja como for, não restam dúvidas de que toda a forma de pobreza imposta tem, na sua raiz, a falta de respeito pela dignidade transcendente da pessoa humana. Quando o homem não é visto na integridade da sua vocação e não se respeitam as exigências duma verdadeira « ecologia humana »,(4) desencadeiam-se também as dinâmicas perversas da pobreza, como é evidente em alguns âmbitos sobre os quais passo a deter brevemente a minha atenção.
Pobreza e implicações morais
3. A pobreza aparece muitas vezes associada, como se fosse sua causa, com o desenvolvimento demográfico. Em consequência disso, realizam-se campanhas de redução da natalidade, promovidas a nível internacional, até com métodos que não respeitam a dignidade da mulher nem o direito dos esposos a decidirem responsavelmente o número dos filhos (5) e que muitas vezes – facto ainda mais grave – não respeitam sequer o direito à vida. O extermínio de milhões de nascituros, em nome da luta à pobreza, constitui na realidade a eliminação dos mais pobres dentre os seres humanos. Contra tal presunção, fala o dado seguinte: enquanto, em 1981, cerca de 40% da população mundial vivia abaixo da linha de pobreza absoluta, hoje tal percentagem aparece substancialmente reduzida a metade, tendo saído da pobreza populações caracterizadas precisamente por um incremento demográfico notável. O dado agora assinalado põe em evidência que existiriam os recursos para se resolver o problema da pobreza, mesmo no caso de um crescimento da população. E não se há de esquecer que, desde o fim da segunda guerra mundial até hoje, a população da terra cresceu quatro mil milhões e tal fenómeno diz respeito, em larga medida, a países que surgiram recentemente na cena internacional como novas potências económicas e conheceram um rápido desenvolvimento graças precisamente ao elevado número dos seus habitantes. Além disso, dentre as nações que mais se desenvolveram, aquelas que detêm maiores índices de natalidade gozam de melhores potencialidades de progresso. Por outras palavras, a população confirma-se como uma riqueza e não como um fator de pobreza.
4. Outro âmbito de preocupação são as pandemias, como por exemplo a malária, a tuberculose e a SIDA, pois, na medida em que atingem os sectores produtivos da população, influem enormemente no agravamento das condições gerais do país. As tentativas para travar as consequências destas doenças na população nem sempre alcançam resultados significativos. E sucede além disso que os países afetados por algumas dessas pandemias se veem, ao querer enfrentá-las, sujeitos a chantagem por parte de quem condiciona a ajuda económica à atuação de políticas contrárias à vida. Sobretudo a SIDA, dramática causa de pobreza, é difícil combatê-la se não se enfrentarem as problemáticas morais associadas com a difusão do vírus. É preciso, antes de tudo, fomentar campanhas que eduquem, especialmente os jovens, para uma sexualidade plenamente respeitadora da dignidade da pessoa; iniciativas realizadas nesta linha já deram frutos significativos, fazendo diminuir a difusão da SIDA. Depois há que colocar à disposição também das populações pobres os remédios e os tratamentos necessários; isto supõe uma decidida promoção da pesquisa médica e das inovações terapêuticas e, quando for preciso, uma aplicação flexível das regras internacionais de proteção da propriedade intelectual, de modo que a todos fiquem garantidos os necessários tratamentos sanitários de base.
5. Terceiro âmbito, que é objeto de atenção nos programas de luta contra a pobreza e que mostra a sua intrínseca dimensão moral, é a pobreza das crianças. Quando a pobreza atinge uma família, as crianças são as suas vítimas mais vulneráveis: atualmente quase metade dos que vivem em pobreza absoluta é constituída por crianças. O facto de olhar a pobreza colocando-se da parte das crianças induz a reter como prioritários os objetivos que mais diretamente lhes dizem respeito, como por exemplo os cuidados maternos, o serviço educativo, o acesso às vacinas, aos cuidados médicos e à água potável, a defesa do ambiente e sobretudo o empenho na defesa da família e da estabilidade das relações no seio da mesma. Quando a família se debilita, os danos recaem inevitavelmente sobre as crianças. Onde não é tutelada a dignidade da mulher e da mãe, a ressentir-se do facto são de novo principalmente os filhos.
6. Quarto âmbito que, do ponto de vista moral, merece particular atenção é a relação existente entre desarmamento e progresso. Gera preocupação o atual nível global de despesa militar. É que, como já tive ocasião de sublinhar, « os ingentes recursos materiais e humanos empregados para as despesas militares e para os armamentos, na realidade, são desviados dos projetos de desenvolvimento dos povos, especialmente dos mais pobres e necessitados de ajuda. E isto está contra o estipulado na própria Carta das Nações Unidas, que empenha a comunidade internacional, e cada um dos Estados em particular, a ‘‘promover o estabelecimento e a manutenção da paz e da segurança internacional com o mínimo dispêndio dos recursos humanos e económicos mundiais para os armamentos'' (art. 26) ».(6)
Uma tal conjuntura, longe de facilitar, obstaculiza seriamente a consecução dos grandes objetivos de desenvolvimento da comunidade internacional. Além disso, um excessivo aumento da despesa militar corre o risco de acelerar uma corrida aos armamentos que provoca faixas de subdesenvolvimento e desespero, transformando-se assim, paradoxalmente, em fator de instabilidade, tensão e conflito. Como sensatamente afirmou o meu venerado antecessor Paulo VI, « o desenvolvimento é o novo nome da paz ».(7) Por isso, os Estados são chamados a fazer uma séria reflexão sobre as razões mais profundas dos conflitos, frequentemente atiçados pela injustiça, e a tomar providências com uma corajosa autocrítica. Se se chegar a uma melhoria das relações, isso deverá consentir uma redução das despesas para armamentos. Os recursos poupados poderão ser destinados para projetos de desenvolvimento das pessoas e dos povos mais pobres e necessitados: o esforço despendido em tal direção é um serviço à paz no seio da família humana.
7. Quinto âmbito na referida luta contra a pobreza material diz respeito à crise alimentar atual, que põe em perigo a satisfação das necessidades de base. Tal crise é caracterizada não tanto pela insuficiência de alimento, como sobretudo pela dificuldade de acesso ao mesmo e por fenómenos especulativos e, consequentemente, pela falta de um reajustamento de instituições políticas e económicas que seja capaz de fazer frente às necessidades e às emergências. A má nutrição pode também provocar graves danos psicofísicos nas populações, privando muitas pessoas das energias de que necessitam para sair, sem especiais ajudas, da sua situação de pobreza. E isto contribui para alargar a distância angular das desigualdades, provocando reações que correm o risco de tornar-se violentas. Todos os dados sobre o andamento da pobreza relativa nos últimos decénios indicam um aumento do fosso entre ricos e pobres. Causas principais de tal fenómeno são, sem dúvida, por um lado a evolução tecnológica, cujos benefícios se concentram na faixa superior da distribuição do rendimento, e por outro a dinâmica dos preços dos produtos industriais, que crescem muito mais rapidamente do que os preços dos produtos agrícolas e das matérias primas na posse dos países mais pobres. Isto faz com que a maior parte da população dos países mais pobres sofra uma dupla marginalização, ou seja, em termos de rendimentos mais baixos e de preços mais altos.
Luta contra a pobreza e solidariedade global
8. Uma das estradas mestras para construir a paz é uma globalização que tenha em vista os interesses da grande família humana.(8) Mas, para guiar a globalização é preciso uma forte solidariedade global (9) entre países ricos e países pobres, como também no âmbito interno de cada uma das nações, incluindo ricas. É necessário um « código ético comum »,(10) cujas normas não tenham apenas carácter convencional mas estejam radicadas na lei natural inscrita pelo Criador na consciência de todo o ser humano (cf. Rm 2, 14-15). Porventura não sente cada um de nós, no íntimo da consciência, o apelo a dar a própria contribuição para o bem comum e a paz social? A globalização elimina determinadas barreiras, mas isto não significa que não possa construir outras novas; aproxima os povos, mas a proximidade geográfica e temporal não cria, de per si, as condições para uma verdadeira comunhão e uma paz autêntica. A marginalização dos pobres da terra só pode encontrar válidos instrumentos de resgate na globalização, se cada homem se sentir pessoalmente atingido pelas injustiças existentes no mundo e pelas violações dos direitos humanos ligadas com elas. A Igreja, que é « sinal e instrumento da íntima união com Deus e da unidade de todo o género humano »,(11) continuará a dar a sua contribuição para que sejam superadas as injustiças e incompreensões e se chegue a construir um mundo mais pacífico e solidário.
9. No campo do comércio internacional e das transações financeiras, temos hoje em ação processos que permitem integrar positivamente as economias, contribuindo para o melhoramento das condições gerais; mas há também processos de sentido oposto, que dividem e marginalizam os povos, criando perigosas premissas para guerras e conflitos. Nos decénios posteriores à segunda guerra mundial, o comércio internacional de bens e serviços cresceu de forma extraordinariamente rápida, com um dinamismo sem precedentes na história. Grande parte do comércio mundial interessou os países de antiga industrialização, vindo significativamente juntar -se -lhes muitos países que sobressaíram tornando-se relevantes. Mas há outros países de rendimento baixo que estão ainda gravemente marginalizados dos fluxos comerciais. O seu crescimento ressentiu-se negativamente com a rápida descida verificada, nos últimos decénios, nos preços dos produtos primários, que constituem a quase totalidade das suas exportações. Nestes países, em grande parte africanos, a dependência das exportações de produtos primários continua a constituir um poderoso factor de risco. Quero reiterar aqui um apelo para que todos os países tenham as mesmas possibilidades de acesso ao mercado mundial, evitando exclusões e marginalizações.
10. Idêntica reflexão pode fazer-se a propósito do mercado financeiro, que toca um dos aspectos primários do fenómeno da globalização, devido ao progresso da electrónica e às políticas de liberalização dos fluxos de dinheiro entre os diversos países. A função objectivamente mais importante do mercado financeiro, que é a de sustentar a longo prazo a possibilidade de investimentos e consequentemente de desenvolvimento, aparece hoje muito frágil: sofre as consequências negativas de um sistema de transacções financeiras – a nível nacional e global – baseadas sobre uma lógica de brevíssimo prazo, que busca o incremento do valor das actividades financeiras e se concentra na gestão técnica das diversas formas de risco. A própria crise recente demonstra como a actividade financeira seja às vezes guiada por lógicas puramente auto-referenciais e desprovidas de consideração pelo bem comum a longo prazo. O nivelamento dos objectivos dos operadores financeiros globais para o brevíssimo prazo reduz a capacidade de o mercado financeiro realizar a sua função de ponte entre o presente e o futuro: apoio à criação de novas oportunidades de produção e de trabalho a longo prazo. Uma actividade financeira confinada no breve e brevíssimo prazo torna-se perigosa para todos, inclusivamente para quem consegue beneficiar dela durante as fases de euforia financeira.(12)
11. Segue-se de tudo isto que a luta contra a pobreza requer uma cooperação nos planos económico e jurídico que permita à comunidade internacional e especialmente aos países pobres individuarem e actuarem soluções coordenadas para enfrentar os referidos problemas através da realização de um quadro jurídico eficaz para a economia. Além disso, requer estímulos para se criarem instituições eficientes e participativas, bem como apoios para lutar contra a criminalidade e promover uma cultura da legalidade. Por outro lado, não se pode negar que, na origem de muitos falimentos na ajuda aos países pobres, estão as políticas vincadamente assistencialistas. Investir na formação das pessoas e desenvolver de forma integrada uma cultura específica da iniciativa parece ser atualmente o verdadeiro projeto a médio e longo prazo. Se as atividades económicas precisam de um contexto favorável para se desenvolver, isto não significa que a atenção se deva desinteressar dos problemas do rendimento. Embora se tenha oportunamente sublinhado que o aumento do rendimento pro capite não pode de forma alguma constituir o fim da ação político 
económica, todavia não se deve esquecer que o mesmo representa um instrumento importante para se alcançar o objetivo da luta contra a fome e contra a pobreza absoluta. Deste ponto de vista, seja banida a ilusão de que uma política de pura redistribuição da riqueza existente possa resolver o problema de maneira definitiva. De facto, numa economia moderna, o valor da riqueza depende em medida determinante da capacidade de criar rendimento presente e futuro. Por isso, a criação de valor surge como um elo imprescindível, que se há- de ter em conta se se quer lutar contra a pobreza material de modo eficaz e duradouro.
12. Colocar os pobres em primeiro lugar implica, finalmente, que se reserve espaço adequado para uma correta lógica económica por parte dos agentes do mercado internacional, uma correta lógica política por parte dos agentes institucionais e uma correta lógica participativa capaz de valorizar a sociedade civil local e internacional. Hoje os próprios organismos internacionais reconhecem o valor e a vantagem das iniciativas económicas da sociedade civil ou das administrações locais para favorecer o resgate e a integração na sociedade daquelas faixas da população que muitas vezes estão abaixo do limiar de pobreza extrema mas, ao mesmo tempo, dificilmente se consegue fazer-lhes chegar as ajudas oficiais. A história do progresso económico do século XX ensina que boas políticas de desenvolvimento são confiadas à responsabilidade dos homens e à criação de positivas sinergias entre mercados, sociedade civil e Estados. Particularmente a sociedade civil assume um papel crucial em todo o processo de desenvolvimento, já que este é essencialmente um fenómeno cultural e a cultura nasce e se desenvolve nos diversos âmbitos da vida civil.(13)
13. Como observava o meu venerado antecessor João Paulo II, a globalização « apresenta-se com uma acentuada característica de ambivalência »,(14) pelo que há- de ser dirigida com clarividente sabedoria. Faz parte de tal sabedoria ter em conta primariamente as exigências dos pobres da terra, superando o escândalo da desproporção que se verifica entre os problemas da pobreza e as medidas predispostas pelos homens para os enfrentar. A desproporção é de ordem tanto cultural e política como espiritual e moral. De facto, tais medidas detêm-se frequentemente nas causas superficiais e instrumentais da pobreza, sem chegar às que se abrigam no coração humano, como a avidez e a estreiteza de horizontes. Os problemas do desenvolvimento, das ajudas e da cooperação internacional são às vezes enfrentados sem um verdadeiro envolvimento das pessoas, mas apenas como questões técnicas que se reduzem à preparação de estruturas, elaboração de acordos tarifários, atribuição de financiamentos anónimos. Inversamente, a luta contra a pobreza precisa de homens e mulheres que vivam profundamente a fraternidade e sejam capazes de acompanhar pessoas, famílias e comunidades por percursos de autêntico progresso humano.
Conclusão
14. Na Encíclica Centésimos annus, João Paulo II advertia para a necessidade de « abandonar a mentalidade que considera os pobres – pessoas e povos – como um fardo e como importunos maçadores, que pretendem consumir tudo o que os outros produziram ». « Os pobres – escrevia ele – pedem o direito de participar no usufruto dos bens materiais e de fazer render a sua capacidade de trabalho, criando assim um mundo mais justo e mais próspero para todos ».(15) No mundo global de hoje, resulta de forma cada vez mais evidente que só é possível construir a paz, se se assegurar a todos a possibilidade de um razoável crescimento: de facto, as consequências das distorções de sistemas injustos, mais cedo ou mais tarde, fazem-se sentir sobre todos. Deste modo, só a insensatez pode induzir a construir um palácio dourado, tendo porém ao seu redor o deserto e o degrado. Por si só, a globalização não consegue construir a paz; antes, em muitos casos, cria divisões e conflitos. A mesma põe a descoberto sobretudo uma urgência: a de ser orientada para um objetivo de profunda solidariedade que aponte para o bem de cada um e de todos. Neste sentido, a globalização há de ser vista como uma ocasião propícia para realizar algo de importante na luta contra a pobreza e colocar à disposição da justiça e da paz recursos até agora impensáveis.
15. Desde sempre se interessou pelos pobres a doutrina social da Igreja. Nos tempos da Encíclica Rerum novarum, pobres eram sobretudo os operários da nova sociedade industrial; no magistério social de Pio XI, Pio XII, João XXIII, Paulo VI e João Paulo II, novas pobrezas foram vindo à luz à medida que o horizonte da questão social se alargava até assumir dimensões mundiais.(16) Este alargamento da questão social à globalidade não deve ser considerado apenas no sentido duma extensão quantitativa mas também dum aprofundamento qualitativo sobre o homem e as necessidades da família humana. Por isso a Igreja, ao mesmo tempo que segue com atenção os fenómenos atuais da globalização e a sua incidência sobre as pobrezas humanas, aponta os novos aspectos da questão social, não só em extensão mas também em profundidade, no que se refere à identidade do homem e à sua relação com Deus. São princípios de doutrina social que tendem a esclarecer os vínculos entre pobreza e globalização e a orientar a ação para a construção da paz. Dentre tais princípios, vale a pena recordar aqui, de modo particular, o « amor preferencial pelos pobres »,(17) à luz do primado da caridade testemunhado por toda a tradição cristã a partir dos primórdios da Igreja (cf. Act 4, 32-37; 1 Cor 16, 1; 2 Cor 8-9; Gal 2, 10).
« Cada um entregue-se à tarefa que lhe incumbe com a maior diligência possível » – escrevia em 1891 Leão XIII, acrescentando: « Quanto à Igreja, a sua ação não faltará em nenhum momento ».(18) Esta consciência acompanha hoje também a ação da Igreja em favor dos pobres, nos quais vê Cristo,(19) sentindo ressoar constantemente em seu coração o mandato do Príncipe da paz aos Apóstolos: « Vos date illis manducare – dai-lhes vós mesmos de comer » (Lc 9, 13). Fiel a este convite do seu Senhor, a Comunidade Cristã não deixará, pois, de assegurar o seu apoio à família humana inteira nos seus impulsos de solidariedade criativa, tendentes não só a partilhar o supérfluo, mas sobretudo a alterar « os estilos de vida, os modelos de produção e de consumo, as estruturas consolidadas de poder que hoje regem as sociedades ».(20) Assim, a cada discípulo de Cristo bem como a toda a pessoa de boa vontade, dirijo, no início de um novo ano, um caloroso convite a alargar o coração às necessidades dos pobres e a fazer tudo o que lhe for concretamente possível para ir em seu socorro. De facto, aparece como indiscutivelmente verdadeiro o axioma « combater a pobreza é construir a paz ».
Vaticano, 8 de Dezembro de 2008.
BENEDICTUS PP. XVI

11 de dezembro de 2008 (ZENIT.org)

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Homilia de Bento XVI na noite de Natal
“Sim, Senhor, fazei-nos ver algo do esplendor da vossa glória. E dai a paz à terra”

CIDADE DO VATICANO, quinta-feira, 25 de dezembro de 2008 (ZENIT.org).
Publicamos a homilia que Bento XVI pronunciou durante a Missa da noite de Natal, na Basílica de São Pedro, no Vaticano.
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«Quem se compara ao Senhor, nosso Deus, que tem o seu trono nas alturas e se inclina lá do alto a olhar os céus e a terra?» Assim canta Israel num dos seus Salmos (113/112,5s.), onde exalta simultaneamente a grandeza de Deus e sua benigna proximidade dos homens. Deus habita nas alturas, mas inclina-se para baixo… Deus é imensamente grande e está incomparavelmente acima de nós. Esta é a primeira experiência do homem. A distância parece infinita. O Criador do universo, Aquele que tudo guia, está muito longe de nós: assim parece ao início. Mas depois vem a experiência surpreendente: Aquele que não é comparável a ninguém, que «está sentado nas alturas», Ele olha para baixo. Inclina-se para baixo. Ele vê-nos a nós, e vê-me a mim. Este olhar de Deus para baixo é mais do que um olhar lá das alturas. O olhar de Deus é um agir. O fato de Ele me ver, me olhar, transforma-me a mim e o mundo ao meu redor. Por isso, logo a seguir diz o Salmo: «Levanta o pobre da miséria…». Com o seu olhar para baixo, Ele levanta-me, toma-me benignamente pela mão e ajuda-me, a mim próprio, a subir de baixo para as alturas. «Deus inclina-se». Esta é uma palavra profética; e, na noite de Belém, adquiriu um significado completamente novo. O inclinar-se de Deus assumiu um realismo inaudito, antes inimaginável. Ele inclina-se: desce, Ele mesmo, como criança na miséria do curral, símbolo de toda necessidade e estado de abandono dos homens. Deus desce realmente. Torna-se criança, colocando-se na condição de dependência total, própria de um ser humano recém-nascido. O Criador que tudo sustenta nas suas mãos, de quem todos nós dependemos, faz-se pequeno e necessitado do amor humano. Deus está no curral. No Antigo Testamento, o templo era considerado de certo modo como o estrado dos pés de Deus; a arca santa, como o lugar onde Ele estava misteriosamente presente no meio dos homens. Deste modo sabia-se que sobre o templo, escondida, estava a nuvem da glória de Deus. Agora, está sobre o curral. Deus está na nuvem da miséria de uma criança sem lugar na hospedaria. Que nuvem impenetrável e, no entanto, nuvem da glória! De fato, de que modo poderia aparecer maior e mais pura a sua predileção pelo homem, a sua solicitude por ele? A nuvem do encobrimento, da pobreza da criança totalmente necessitada do amor, é ao mesmo tempo a nuvem da glória. É que nada pode ser mais sublime e maior do que o amor que assim se inclina, desce, se torna dependente. A glória do verdadeiro Deus torna-se visível quando se abrem os nossos olhos do coração diante do curral de Belém.
A narração do Natal feita por são Lucas, que acabamos de ouvir no texto evangélico, conta-nos que Deus levantou um pouco o véu do seu encobrimento, primeiro diante de pessoas de condição muito humilde, diante de pessoas que habitualmente eram desprezadas na grande sociedade: diante dos pastores que, nos campos ao redor de Belém, guardavam os animais. Lucas diz-nos que estas pessoas «velavam». Nisto podemos ouvir ressoar um motivo central da mensagem de Jesus, na qual volta, repetidamente e com crescente urgência até ao Jardim das Oliveiras, o convite à vigilância, a permanecermos acordados para nos darmos conta da vinda do Senhor e estarmos preparados para ela. Por isso, também aqui a palavra talvez signifique algo mais do que o simples estar externamente acordado durante as horas noturnas. Eram pessoas verdadeiramente vigilantes, nas quais estava vivo o sentido de Deus e da sua proximidade; pessoas que estavam à espera de Deus e não se resignavam com o aparente afastamento dele na vida de cada dia. A um coração vigilante pode ser dirigida a mensagem da grande alegria: esta noite nasceu para vós o Salvador. Só o coração vigilante é capaz de crer na mensagem. Só o coração vigilante pode incutir a coragem de pôr-se a caminho para encontrar Deus nas condições de uma criança no curral. Peçamos ao Senhor que nos ajude, a nós também, a tornarmo-nos pessoas vigilantes.
São Lucas narra -nos ainda que os próprios pastores ficaram «envolvidos» pela glória de Deus, pela nuvem de luz, encontravam-se dentro do resplendor desta glória. Envolvidos pela nuvem santa, ouvem o cântico de louvor dos anjos: «Glória a Deus no mais alto dos céus e paz na terra aos homens por Ele amados». E quem são estes homens por Ele amados senão os pequenos, os vigilantes, aqueles que estão à espera, esperam na bondade de Deus e procuram-no olhando para Ele de longe?
Nos Padres da Igreja, é possível encontrar um comentário surpreendente ao cântico com que os anjos saúdam o Redentor. Até àquele momento – dizem os Padres – os anjos tinham conhecido Deus na grandeza do universo, na lógica e na beleza do cosmos que provêm dele e o refletem. Tinham acolhido por assim dizer o cântico de louvor mudo da criação e tinham-no transformado em música do céu. Mas agora acontecera um fato novo, até mesmo assombroso para eles. Aquele de quem fala o universo, o próprio Deus que tudo sustenta e traz na sua mão, Ele mesmo entrara na história dos homens, tornara-se alguém que age e sofre na história. Do jubiloso assombro suscitado por este fato inconcebível, por esta segunda e nova maneira em que Deus se manifestara – dizem os Padres – nasceu um cântico novo, tendo o Evangelho de Natal conservado uma estrofe para nós: «Glória a Deus no mais alto dos céus e paz na terra aos homens». Talvez se possa dizer, segundo a estrutura da poesia hebraica, que este versículo nas suas duas frases diz fundamentalmente a mesma coisa, mas duma perspectiva diversa. A glória de Deus está no alto dos céus, mas esta sublimidade de Deus encontra-se agora no curral, aquilo que era humilde tornou-se sublime. A sua glória está sobre a terra, é a glória da humildade e do amor. Mais ainda: a glória de Deus é a paz. Onde está Ele, lá está a paz. Ele está lá onde os homens não querem transformar, de modo autônomo, a terra em paraíso, servindo-se para tal fim da violência. Ele está com as pessoas de coração vigilante; com os humildes e com aqueles que correspondem à sua elevação, à elevação da humildade e do amor. A estes dá a sua paz, para que, por meio deles, a paz possa entra neste mundo.
O teólogo medieval Guilherme de S. Thierry disse um dia: Deus viu, a partir de Adão, que a sua grandeza suscitava no homem resistência; que o homem se sente limitado na sua realidade e ameaçado na sua liberdade. Portanto Deus escolheu um caminho novo. Tornou-se um menino. Tornou-se dependente e frágil, necessitado do nosso amor. Agora – diz-nos aquele Deus que se fez menino – já não podeis ter medo de mim, agora podeis apenas amar-me.
É com tais pensamentos que, esta noite, nos aproximamos do Menino de Belém, daquele Deus que por nós quis fazer-se criança. Em cada criança, há o reflexo do Menino de Belém. Cada criança pede o nosso amor. Pensemos, pois, nesta noite de modo particular também naquelas crianças às quais é recusado o amor dos pais; nos meninos de rua que não têm o dom de um lar doméstico; nas crianças que são brutalmente usadas como soldados e feitas instrumentos da violência, em vez de poderem ser portadoras da reconciliação e da paz; nas crianças que, através da indústria da pornografia e de todas as outras formas abomináveis de abuso, são feridas até ao fundo da sua alma. O Menino de Belém é um renovado apelo que nos é dirigido para fazermos tudo o que for possível a fim de que acabe a tribulação destas crianças; para fazermos tudo o que for possível a fim de que a luz de Belém toque os corações dos homens. Somente através da conversão dos corações, somente através de uma mudança no íntimo do homem se pode superar a causa de todo este mal, pode ser vencido o poder do maligno. Somente se mudarem os homens é que muda o mundo e, para os homens mudarem, precisam da luz que vem de Deus, daquela luz que de modo tão inesperado entrou na nossa noite.
E falando do Menino de Belém, pensemos também na localidade que responde ao nome de Belém; pensemos naquela terra onde Jesus viveu e que Ele amou profundamente. E peçamos para que lá se concretize a paz. Que cessem o ódio e a violência. Que desperte a compreensão recíproca, se realize uma abertura dos corações que abra as fronteiras. Que desça a paz que os anjos cantaram naquela noite.
No Salmo 96/95, Israel e, com ele, a Igreja louvam a grandeza de Deus que se manifesta na criação. Todas as criatura são chamadas a aderir a este cântico de louvor, encontrando-se lá também este convite: «Alegrem-se as árvores da floresta, diante do Senhor que vem» (12s.). A Igreja lê este salmo também como uma profecia e simultaneamente uma missão. A vinda de Deus a Belém foi silenciosa. Somente os pastores que velavam foram por uns momentos envolvidos no esplendor luminoso da sua chegada e puderam ouvir uma parte daquele cântico novo que brotara da maravilha e da alegria dos anjos pela vinda de Deus. Esta vinda silenciosa da glória de Deus continua através dos séculos. Onde há fé, onde a sua palavra é anunciada e escutada, Deus reúne os homens e se dá a eles no seu Corpo, transforma-os no seu Corpo. Ele «vem». E assim desperta o coração dos homens. O cântico novo dos anjos torna-se cântico dos homens que, ao longo de todos os séculos, de forma sempre nova cantam a vinda de Deus como Menino e, a partir do seu íntimo, tornam-se felizes. E as árvores da floresta vão até Ele e exultam. A árvore na Praça de São Pedro fala dele, quer transmitir o seu esplendor e dizer: sim, Ele veio e as árvores da floresta aclamam-no. As árvores de Natal nas cidades e nas casas deveriam ser algo mais do que um costume natalício: indicam Aquele que é a razão da nossa alegria – o próprio Deus que por nós se fez menino. O cântico de louvor, no mais fundo, fala enfim daquele que é a própria árvore da vida reencontrada. Pela fé nele, recebemos a vida. No sacramento da Eucaristia, Ele dá-se a nós: dá uma vida que chega até à eternidade. Nesta hora, juntamo-nos ao cântico de louvor da criação e o nosso louvor é ao mesmo tempo uma oração: sim, Senhor, fazei-nos ver algo do esplendor da vossa glória. E dai a paz à terra. Tornai-nos homens e mulheres da vossa paz. Amém.

[Tradução do original italiano distribuída pela Santa Sé
© Copyright 2008 - Libreria Editrice Vaticana]



Bento XVI recebe presidente Lula
15 de novembro de 2008


15 de novembro



Histórico acordo entre Santa Sé e Brasil

Baseado em uma «laicidade saudável»


Da Agência:

http://www.zenit.org

CIDADE DO VATICANO, quinta-feira, 13 de novembro de 2008 (ZENIT.org).- A Santa Sé e a República Federal do Brasil assinaram um acordo de amizade e colaboração nesta quinta-feira, no Palácio Apostólico Vaticano, segundo deu a conhecer a Sala de Imprensa Vaticana.

O acordo foi assinado, por parte da Santa Sé, pelo arcebispo Dominique Mamberti, secretário para as Relações com os Estados, e por parte do Brasil, por Celso Amorim, ministro de Assuntos Exteriores.

Assistiram ao ato numerosas personalidades, entre elas o cardeal Tarcísio Bertone, secretário de Estado, e Dom Cláudio Hummes, prefeito da Congregação para o Clero, Dom Lorenzzo Baldisseri, n&uacu te;ncio apostólico no Brasil, o presidente da República Federal do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, o Ministro da Defesa brasileiro, Nelson Jobim, e a embaixadora do Brasil na Santa Sé, Vera Barroulin Machado.

O acordo, explica a nota vaticana, «consolida ulteriormente os tradicionais vínculos de amizade e de colaboração existentes entre ambas as partes»; está composto por um preâmbulo e 20 artigos que regulam vários âmbitos, entre eles «o estatuto jurídico da Igreja Católica no Brasil, o reconhecimento dos títulos de estudo, o ensino religioso nas escolas públicas, o matrimônio canônico e o regime fiscal». Entrará em vigor após o intercâmbio das ratificações.

No discurso de Dom Mamberti, o prelado recordou que «dois acontecimentos de particularíssima relevância marcam, nos dois últimos anos, a vida do Brasil e da Igreja Católica que vive nele».

Um deles foi a visita apostólica de Bento XVI por ocasião da V Conferência Geral do Episcopado Latino-Americano e do Caribe, em Aparecida, em maio de 2007.

No momento de sua chegada, recordou, o pontífice afirmou que o Brasil «ocupa um lugar muito especial no coração do Papa, não só porque é cristão e tem o número mais elevado de católicos, mas principalmente porque é uma nação rica de potencialidades com uma presença eclesial que é motivo de alegria e esperança para toda a Igreja».

O olhar do Santo Padre, acrescentou Dom Mamberti, estendeu-se «desde o Brasil a toda a América Latina, um continente – afirma o documento conclusivo de Aparecida – que é em si mesmo um dom entregue benevolamente, por Deus, graças à beleza e fecundidade de suas terras e à riqueza de humanidade que emana de sua gente, das famílias, dos povos e das múltiplas culturas».

A segunda circunstância é precisamente a assinatura do acordo, «importante ato que se coloca no caminho desses vínculos de amizade e colaboração que subsistem há quase dois séculos entre as partes, e que hoje foram ulteriormente reforçados».

Se a constituição de 1824 imprimia ao império brasileiro um caráter «estritamente confessional», explicou o representante vaticano, as sucessivas cartas fundacionais modificaram este marco, até a vigente constituição de 1988, que assegura «por uma parte a laicidade saudável do estado e, por outra, garante o livre exercício das atividades da Igreja em todos os âmbitos de sua missão».

Como dizia o Concílio Vaticano II na Constituição Pastoral Gaudium et Spes, por outro lado, «a comunidade política e a Igreja são independentes e autônomas uma da outra em seus respectivos campos. Mas as duas, ainda que de diferente maneira, estão ao serviço da vocação pessoal e social dos próprios homens. Elas levarão a cabo este serviço pelo bem de todos, de forma tanto mais eficaz quanto mais cultivem uma saudável colaboração entre elas, segundo modalidades adaptadas às circunstâncias de tempo e lugar».

Através da assinatura deste acordo, observou Dom Mamberti, este marco «recebe hoje uma ulterior confirmação, de caráter jurídico e internacional».

Entre os principais elementos do texto, citou «o reconhecimento da personalidade jurídica das instituições previstas no ordenamento canônico, o ensino da religião católica nas escolas, como das demais confissões religiosas, o reconhecimento das sentenças eclesiásticas em matéria matrimonial, a inserção de espaços dedicados ao culto nos ordenamentos urbanos e o reconhecimento dos títulos acadêmicos eclesiásticos».

A propósito disso, o prelado constatou que «estaria fora de lugar falar de privilégios, porque não há nenhum privilégio no reconhecimento de uma realidade social de tão grande relevância histórica e atual como a Igreja Católica no Brasil, sem que isso tire nada do que se deve aos cidadãos de outra f&ea cute; e de distinta convicção ideológica».

Da mesma forma, recordou «com sentido de gratidão» o papel da Conferência Episcopal Brasileira na gênese do Acordo, sublinhando que foi precisamente o episcopado brasileiro quem sugeriu em 1991 a oportunidade de estipular um Acordo internacional entre a Igreja e o Estado, impulso que levou em 2006 ao começo oficial das negociações.

Neste contexto, Dom Mamberti augurou que o texto «possa o quanto antes entrar em vigor e contribuir, como está em suas finalidades, não só para consolidar os vínculos entre a Santa Sé e o Brasil e favorecer cada vez mais o desenvolvimento ordenado da missão da Igreja Católica, mas também para promover o progresso espiritual e material de todos os habitantes do país e colaborar, enquanto for possível, na solução dos grandes problemas que hoje preocupam a humanidade».





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Bento XVI recebe presidente Lula

Da Agência:
http://www.zenit.org


A visita culmina com um acordo histórico





CIDADE DO VATICANO, quinta-feira, 13 de novembro de 2008 (ZENIT.org).- Bento XVI recebeu nesta quinta-feira em audiência o presidente da República Federal do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, junto a sua esposa e outros membros de seu séquito.

Segundo um comunicado emitido pela Santa Sé, o mandatário brasileiro se encontrou posteriormente com o secretário de Estado, cardeal Tarcísio Bertone, e com o arcebispo Dominique Mamberti, secretário da Santa Sé para as Relações com os Estados, com quem manteve um «colóquio cordial».

Nestes encontros, segundo informa a Sala de Imprensa da Santa Sé, «trocaram opiniões sobre questões relacionadas com a atual conjuntura internacional e regional».

«Analisaram também alguns aspectos da situação no Brasil, em particular as políticas sociais encaminhadas a melhorar as condições de vida de tantas pessoas necessitadas e marginalizadas e a favorecer o papel fundamental da família na luta contra a violência e a degradação social.»

«Sublinhou-se a colaboração entre a Igreja e o Estado no contexto da promoção dos valores morais e do bem comum, não só no país, mas também de forma especial em favor da África.»

Lula recordou a grata visita do Papa ao Brasil em maio de 2007, por ocasião da V Assembleia Geral do Episcopado Latino-Americano e do Caribe, em Aparecida.

Posteriormente, procedeu-se à assinatura do acordo bilateral que regulamentará as relações entre o Brasil e Santa Sé.

Em declarações à Rádio Vaticano, o núncio apostólico no Brasil, arcebispo Lorenzo Baldisseri, qualificou de histórica a visita do presidente Lula ao Vaticano, pois «é a primeira», e culminou com a assinatura de «um acordo esperado e desejado».

O acordo entre a Santa Sé e o Brasil, afirmou, «é necessário», pois responde principalmente à necessidade da Igreja de contar com uma «certeza jurídica».

Até agora, a Igreja Católica se regia por um estatuto derivado de um decreto de 7 de janeiro de 1890, «referido a todas as igrejas existentes naquela época, às quais o estatuto confere personalidade jurídica».

«Depois de 118 anos, depois de tanto tempo marcado por pedidos e o desejo da Igreja e da Conferência Episcop al de colocar por escrito múltiplos aspectos, podemos ter a certeza jurídica de que a Igreja Católica goza de liberdade de expressão», declara.

Graças ao acordo, os sacerdotes e todos os agentes pastorais poderão ter liberdade, segundo as leis do departamento e do estado, para poder entrar em instituições de saúde, penitenciárias, escolas «e em todos os demais lugares aos quais a Igreja pode levar sua mensagem espiritual».

No que se refere ao ensino da religião, o texto prevê «um ensino religioso católico e de outras confissões religiosas», ou seja, «pode-se garantir a toda a sociedade – independentemente da cultura e credo – um ensino religioso nas instituições públicas», «uma novidade» com a qual se abre «uma porta não só para os católicos, mas também para outras confissões».

Os bispos promoveram a introdução no acordo de um artigo no qual se estabelece um espaço para a Igreja «nas áreas de nova população, nos arredores das cidades, nas novas cidades que se estão construindo», onde «os planos de urbanização não preveem um espaço para o serviço religioso».

O Brasil é o país com o maior número de católicos do mundo: de seus 196 milhões de habitantes, considera-se que os católicos são 73,6%, enquanto os seguidores de comunidades surgidas da Reforma protestante são 15,4%.



Da Agência ZENIT
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Meditação
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“Vivei em paz uns com os outros.” (Mc 9,50)

Como soa bem, no meio dos conflitos que ferem a humanidade em tantas partes do mundo, o convite de Jesus à paz. É algo que mantém viva a esperança, pois sabemos que Ele mesmo é a paz e prometeu que nos daria a sua paz.
O Evangelho de Marcos traz essa frase de Jesus no final de uma série de máximas dirigidas aos discípulos, reunidos na casa em Cafarnaum, com as quais Ele explica como deveria viver a sua comunidade. A conclusão é clara: tudo deve conduzir à paz, na qual se encerra todo bem.
Uma paz que somos chamados a experimentar na vida de cada dia: na família, no trabalho, com aqueles que pensam de modo diferente na política. Uma paz que não tem medo de confrontar-se com opiniões discordantes, sobre as quais precisamos falar abertamente, se quisermos uma unidade cada vez mais verdadeira e profunda. Uma paz que, ao mesmo tempo, exige a nossa atenção para que o relacionamento de amor nunca desapareça, porque a pessoa do outro vale mais do que as diversidades que possam existir entre nós.
“Onde quer que chegue a unidade e o amor mútuo”, afirmava Chiara Lubich, “chega a paz, ou melhor, a paz verdadeira. Porque onde existe o amor mútuo, existe uma certa presença de Jesus no nosso meio, e Ele é justamente a paz, a paz por excelência”1.
O seu ideal de unidade tinha surgido durante a Segunda Guerra Mundial e imediatamente revelou-se como antídoto a ódios e dilacerações. Desde então, diante de cada novo conflito, Chiara sempre propôs com persistência a lógica evangélica do amor. Por exemplo, quando explodiu a guerra no Iraque em 1990, ela manifestou a amarga surpresa de ouvir “palavras que pareciam estar sepultadas, como: ‘o inimigo’, ‘os inimigos’, ‘começam as hostilidades’, e depois os boletins de guerra, os prisioneiros, as derrotas (…). Percebemos, com perplexidade, que fora ferido gravemente o princípio fundamental do cristianismo, o ‘mandamento’ por excelência de Jesus, o mandamento ‘novo’. (…) Ao invés de se amarem, ao invés de estarem prontos a morrer um pelo outro”, aí está a humanidade novamente “no abismo do ódio”: desprezo, torturas, assassinatos. Como sair disso? Perguntava-se ela. “Deveríamos tecer, onde for possível, relacionamentos novos, ou aprofundar os que já existem entre nós cristãos e os fiéis das religiões monoteístas: os muçulmanos e os judeus”3, ou seja, entre aqueles que naquela ocasião estavam em conflito.
A mesma coisa vale diante de todo tipo de conflito: tecer entre pessoas e povos relacionamentos de escuta, de ajuda mútua, de amor, diria Chiara ainda, até “estar prontos a morrer um pelo outro”. É preciso conter as próprias razões para entender as do outro, mesmo sabendo que nem sempre chegaremos a compreendê-lo até o fundo. Também o outro provavelmente faz o mesmo em relação a mim e às vezes, quem sabe, também ele não entende a mim e os meus motivos. No entanto, queremos ficar abertos ao outro, mesmo na diversidade e na incompreensão, salvando acima de tudo o relacionamento com ele.
O Evangelho coloca isso de modo imperativo: “Vivei em paz”. Sinal de que nos pede um empenho sério e exigente. É uma das mais essenciais expressões do amor e da misericórdia que somos chamados a ter uns para com os outros.
                                        Fabio Ciardi
                                        Movimento dos Focolare